Dr. Gamaliel Marques

Dr. Gamaliel Marques

sábado, 30 de março de 2013

O Facebook sabe muito mais a seu respeito do que você imagina

 
Facebook

O Facebook está empenhado na sua missão de se tornar a plataforma de publicidade mais eficaz do mundo virtual, e para isso tem mostrado que está fazendo o dever de casa e estudando muito bem seus usuários, até mesmo fora da rede social.

O jornal norte-americano The New York Times explica que a estratégia de publicidade segmentada da companhia de Mark Zuckerberg vai muito além das informações reveladas pelo próprio usuário no Facebook. Para que os anunciantes consigam atingir o público alvo de maneira eficiente, a rede social está buscando informações em fontes de dados externas para aprender mais sobre cada pessoa que utiliza sua plataforma. Dessa maneira, ela pretende fazer com que os usuários vejam apenas anúncios considerados relevantes para eles.

Para conseguir atingir sua meta e agradar aos anunciantes, no final do último mês o Facebook anunciou parcerias com quatro empresas que fazem o trabalho de coleta de dados comportamentais lucrativos, operações de loja de cartões de fidelização, lista de e-mails de clientes e monitoramento de visitas a sites. Essas empresas são: Acxiom, Datalogix, Epsilon e BlueKai.

As parcerias podem ajudar uma montadora a personalizar um anúncio para um usuário interessado em um carro novo, por exemplo, explica o jornal. "Nosso objetivo é melhorar a relevância dos anúncios que as pessoas veem no Facebook e a eficácia das campanhas de marketing", disse Gokul Rajaram, diretor de produto para anúncios no Facebook.
 
Já para os usuários, essas mudanças no sistema de publicidade significam que eles não vão ver apenas propagandas baseadas no que eles "curtem" no Facebook, mas sim em suas tendências online e offline. Isso porque a empresa vai analisar o que eles gostam de comer, que tipo de roupa costumam usar, etc.

A rede será capaz de saber, por exemplo, que, se o usuário usa o seu cartão de fidelidade do supermercado para comprar refrigerante, ele pode se deparar com um anúncio da Coca-Cola quando fizer login no Facebook. Mas é importante destacar que nenhuma informação de identificação sobre os usuários será compartilhada com os anunciantes, já que os nomes de usuário e e-mails do Facebook serão criptografados e protegidos.

Novo tratamento genético contra o câncer é ativado por comprimidos


Susan Young 
Do The New York Times


Um tratamento novo e diferente contra o câncer usa terapia genética para induzir uma resposta imunológica de combate cuja intensidade pode ser controlada com comprimidos. A combinação pode ajudar a adequar o tratamento à resposta individual de cada paciente.

O tratamento usa células do próprio paciente, ou células cancerígenas, para produzir cópias extras de uma molécula natural, que é como um hormônio, chamada interleucina 12 (IL-12), que regula as respostas imunológicas antitumorais. A Ziopharm Oncology anunciou semana passada um estudo clínico para o tratamento de pacientes com câncer de mama. A empresa já está testando a substância em pacientes com melanoma.

Muitos pesquisadores exploraram os métodos que aumentam a resposta natural usada pelo organismo para detectar e atacar células cancerígenas. O controle dessas células destruidoras do sistema imunológico às vezes pode ser um desafio para os pesquisadores. Nos anos 90, pacientes com câncer receberam a IL-12 em um estudo clínico e morreram por causa de seus efeitos colaterais tóxicos.

"A IL-12 é um regulador do sistema imunológico muito potente, que pode produzir muitos efeitos colaterais", afirma Per Basse, médico-cientista da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, e estudioso das células do sistema imunológico e sua capacidade de combater o câncer. "Como clínico, eu gostaria de conseguir ajustar para cima e para baixo [a medicação] e interromper o processo caso a situação não pareça muito boa", afirmou.

Com intuito de evitar os efeitos colaterais perigosos da IL-12, o método da Ziopharm foi desenvolvido para controlá-la usando uma combinação de terapia genética e medicamento de origem química. Para introduzir o gene da interleucina 12, um vírus é injetado no tumor. No início, ele não produz a IL-12 porque permanece inativo. Para ativá-lo, o paciente precisa tomar um comprimido que fornece outra molécula.

O benefício está em poder interromper o uso do medicamento caso o paciente comece a apresentar efeitos colaterais nocivos. "É possível desistir caso o tratamento não dê certo", afirma o diretor-executivo da Ziopharm, Jonathan Lewis.

Uma versão do receptor que controla a descamação dos artrópodes (insetos, aranhas e crustáceos) modificada para determinar se o gene da interleucina 12 está ativo é o elemento fundamental desse método induzível. O gene desse receptor, que também é inserido no corpo por meio de vírus, está sempre ativo, mas a produção da proteína, ou expressão da interleucina 12, é ativada pelo comprimido. O Ziopharm licenciou o método de controle da Intrexon para ser usado em seu tratamento oncológico.

"A capacidade de indução é uma grande ideia, mas o segredo está em conseguir alguma substância que possa ser inserida no tumor", afirma Ralph Weichselbaum, pesquisador de tumores da Universidade de Chicago, que trabalhou em um tratamento contra o câncer induzido por radiação. Atualmente, a Ziopharm injeta vírus com o gene diretamente no tumor dos pacientes, mas Lewis diz que, no futuro, a empresa pretende injetá-los nos músculos. "As células musculares são fábricas de produção de proteínas extremamente eficazes", afirma.

A introdução do vírus em um único tumor gera efeitos sobre outros tumores tanto em animais de laboratório como em humanos. Em estudos com animais, o tumor que recebe a injeção fica maior no início, devido ao acúmulo de células do sistema imunológico causado pela reação à interleucina 12. "Em seguida, ele fica menor e desaparece", afirma Lewis. Isso também ocorre com os tumores que não receberam a injeção: eles crescem, depois encolhem e desaparecem. "Estamos observando a mesma reação em pessoas", afirma Lewis.

Esse método poderá ser usado no futuro para fornecer diversos tratamentos genéticos ao mesmo tempo, afirma Lewis. "Com uma injeção, seria possível controlar três ou quatro proteínas destruidoras de câncer de modos diferentes."

quarta-feira, 27 de março de 2013

PEC das Domésticas: veja o que mudou para empregados e patrões

A medida beneficiará mais de 7 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, sendo que 97% são mulheres.

Conforme anúncio feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a PEC das Domésticas será promulgada no dia 2 de abril, no auditório Petrônio Portela, às 12h. A presidente da República, Dilma Roussef, será convidada de honra para a cerimônia.

Ainda não há data para a publicação no "Diário Oficial", quando parte dos direitos entrarão em vigor. Outros ainda dependerão de regulamentação específica.


PEC


Proposta pelo deputado federal Carlos Bezerra (PMDB-MT), a matéria estende à categoria direitos como o controle da jornada de trabalho, com limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais, horas extras, FGTS obrigatório e seguro-desemprego.

A PEC foi aprovada por unanimidade, em primeiro turno, no último dia 19. Foram 70 votos favoráveis e nenhum contrário. Foi aprovada apenas uma emenda de redação, de modo que a matéria conserva o texto enviado pela Câmara dos Deputados.

A profissão de empregado doméstico tende a desaparecer a longo prazo. A avaliação é do professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio de Janeiro, Luiz Guilherme Migliora, especialista em direito do trabalho.

Direitos


Alguns direitos ampliados pela PEC das Domésticas têm aplicação imediata, como jornada de trabalho de até oito horas diárias e 44 horas semanais e pagamento de horas extras no valor mínimo de 50% acima da hora normal.

Para outros direitos, há necessidade de regulamentação, a exemplo do pagamento de seguro-desemprego; da remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; e da contratação de seguro contra acidentes de trabalho. No caso do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), embora o texto traga a previsão de regulamentação, há quem entenda que a aplicação é imediata, porque já há lei que trata do assunto.

Atualmente, o trabalhador doméstico tem apenas parte dos direitos garantidos pela Constituição aos trabalhadores em geral, como salário mínimo, décimo-terceiro salário, repouso semanal remunerado, férias, licença-maternidade e licença-paternidade, aviso-prévio e aposentadoria. Veja os novos direitos garantidos:

Direitos assegurados sem necessidade


- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo;
- Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção;
- Jornada de trabalho de até oito horas diárias e 44 semanais;
- Hora extra de, no mínimo, 50% acima da hora normal;
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
- Reconhecimento dos acordos coletivos de trabalho;
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
- Proibição de qualquer discriminação do trabalhador deficiente;
- Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho e a menores de 16 anos, exceto aprendizes (14 anos).

Direitos que dependem de regulamentação


- Proteção contra demissão arbitrária ou sem justa causa;
- Seguro-desemprego;
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
- Adicional por trabalho noturno;
- Salário-família;
- Assistência gratuita a dependentes até cinco anos em creches e pré-escolas;
- Seguro contra acidentes de trabalho.

terça-feira, 26 de março de 2013

Constitucionalista JOSÉ AFONSO DA SILVA emite parecer afirmando que MP não pode realizar investigação criminal


 Em seu parecer, José Afonso da Silva ressaltou que ‘‘Percorram-se os incisos em que o art. 129 define as funções institucionais do Ministério Público e lá não se encontra nada que autorize os membros da instituição a proceder a investigação criminal diretamente. O que havia sobre isso foi rejeitado, como ficou demonstrado na construção da instituição durante o processo constituinte e não há como restabelecer por via de interpretação o que foi rejeitado.’’

O Professor também asseverou que ''Ora, se o membro do Ministério Público tem conhecimento de crime e não tem os elementos suficientes para a propositura da ação penal competente, o que lhe compete, de acordo com a Constituição (art. 129, VIII), é requisitar a instauração do inquérito policial, não lhe cabendo promovê-lo, por si mesmo, de oficio, ou em face de representação ou outra peça de informação. Por outro lado, se necessita maiores esclarecimentos sobre o caso ou o aprofundamento da investigação criminal produzida, não pode ele substituir a autoridade competente para efetivar a investigação (a polícia judiciária).’’

O eminente constitucionalista finalizou seu parecer afirmando que "Em face da Constituição Federal de 1988, o Ministério Público não pode realizar nem presidir investigação criminal.’’

O parecer foi solicitado pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais(IBCCrim).

Saiba Mais

O Deputado Lourival Mendes apresentou em 2011, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37/11, que determina que a investigação criminal seja competência exclusiva das polícias Federal e Civil.

A PEC 37 já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e na comissão especial da Câmara dos Deputados e segue agora para votação em plenário para votação em dois turnos.

Veja a íntegra do parecer no:
http://lourivalmendes.blogspot.com.br/2013/03/constitucionalista-jose-afonso-da-silva.html

Com informações da Adepol.

segunda-feira, 25 de março de 2013

IFPE oferece 7.714 vagas em cursos de capacitação

Do NE10
 
O Instituto Federal de Pernambuco (IPFE) oferece 7.714 vagas em 251 turmas e 215 cursos para capacitação de jovens. A oportunidade lançada através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) já está com as inscrições abertas, através do site do Programa. Os interessados também podem se inscrever esta semana nos orgãos em que as vagas são oferecidas.

A grande parte das capacitações é de formação inicial e continuada (FIC), com carga horária entre 160 e 300 horas. As vagas podem ser preenchidas desde estudantes matriculados no ensino médio das escolas públicas, inclusive na Educação de Jovens e Adultos até trabalhadores da área rural.

Os cursos estão disponíveis nos nove campus do instituto, nas cidades de Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Caruaru, Garanhuns, Ipojuca, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão.
 

Decisões polêmicas na Justiça tiram filhos de pais e entregam para adoção


 
Depois de sofrer uma depressão, uma mulher tem as três filhas tiradas de casa por ordem da Justiça. Por causa do marido alcoólatra, outra mulher perde sete filhos de uma vez.
 
Quando os pais não conseguem cuidar de suas crianças, qual a melhor saída? Afastar imediatamente os filhos ou manter a família unida e buscar uma solução?
 
Você vai conhecer agora histórias comoventes, que dividem as opiniões de especialistas.
Elaine: Eu tive depressão pós-parto depois da minha última menina, a Evelyn, de três anos.
 
Elaine trabalhava numa fábrica e cuidava de outras três filhas. Evelyn, hoje com 3 anos, era a menor. Mas, quando Elaine começou a tratar da depressão, a vida em família virou um inferno.
 
Elaine: O tratamento, em algum período, fez efeito. Mas depois foi tudo ao contrário.
 
Remédio, bebida. Elaine passava mal. E ficou mal vista na cidade onde mora, Gaspar, em Santa Catarina. Como se não tivesse condições de criar as filhas, ela foi denunciada à juíza da comarca. De uma hora para outra, policiais e conselheiras bateram na casa dela.
 
Fantástico: As crianças estavam em casa?
 
 Elaine: Estavam em casa, elas estavam dormindo. Elas pegaram as meninas e saíram.
As crianças foram levadas para um abrigo público. Elaine conseguia visitá-las toda semana. De repente, as visitas foram proibidas.
 
Elaine: Chegamos no abrigo e disseram: ‘vocês não vão ver mais as meninas’.
 
No abrigo, disseram que a proibição de ver as filhas tinha um motivo.
 
Elaine: Disseram que o meu marido estava andando na rua bêbado, não estava trabalhando e estava pedindo comida na estrada, na rua e morando embaixo da ponte.
 
 Fantástico: E isso era verdade?
 
 Elaine: Não, não era. Não era.
 
Hoje, André trabalha na construção civil, como ajudante de pedreiro.
 
Andre: Minhas filhas são minha vida. Minha vida. Eu batalho para conseguir as coisas, para adquirir as coisas para elas. Todo dia de manhã, elas me beijavam, me abraçavam: ‘pai, tchau, pai. Vai com Deus trabalhar’.
 
Lá se vão oito meses e Elaine não consegue nem notícia das filhas.
 
Elaine: Como eu estou passando por esse processo todo, todas as crianças que a gente vê na rua é a minha menina mais nova, é a minha menina mais velha, é a minha menina de 6 anos.
 
Gaspar tem 60 mil habitantes, um quinto da população de Blumenau, cidade vizinha. Mas a relação nos números de adoção é bem diferente. Nos últimos seis anos, 37 crianças de Gaspar foram adotadas. Em Blumenau, foram 34.
 
Elaine: E as minhas meninas, só porque eu tive essa doença e não consegui me erguer muito rápido, eles foram lá, tiraram as meninas.
 
A ordem de tirar os filhos de Elaine foi da juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Durante 11 anos, até dezembro de 2012, ela atuou na comarca de Gaspar, onde se dedicou a acelerar os processos de destituição do poder familiar. O primeiro passo para a adoção.
 
“Nós sabemos que o nosso cadastro de adoção, 90% das pessoas querem recém-nascidos até 2 anos. Nós começamos então a fazer com que os processos de destituição fossem mais rápidos e, aí, a dar uma chance real dessa criança ter uma família”, declara a juíza.
 
Zilda Giacomoni: A gente começou a correr. E pega advogado aqui e ‘pelo amor de Deus, não deixa a criança ir embora, não deixa a criança ir embora’.
 
Zilda e Manoel são donos de uma creche em Gaspar. Cuidam de 70 crianças. Uma delas era a filha recém-nascida de um sobrinho de Manoel.
 
Manoel Giacomoni: Eles nos convidaram para ser padrinho e colocaram a menina na creche. Eu ia buscar ela no dia a dia, o transporte de leva e trás da creche. E a gente começou a se apegar com ela.

A mãe da menina era uma jovem de 16 anos e com problemas psicológicos. Embora a criança estivesse sob os cuidados do tio, a destituição familiar foi pedida e cumprida na porta da creche.
 
Manoel Giacomoni: Nós viemos buscar a Maria Eduarda e vamos levar para o abrigo.
 
 Zilda: No mesmo dia a gente entrou com um pedido de guarda.
 
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a preferência para a adoção é da família extensa. Quer dizer, dos parentes: tios, avós. Nem assim Manoel e Zilda conseguiram dar início ao processo.
 
Zilda: Ela alegou que a gente não tava inscrito no cadastro de adoção e por isso a gente não tinha direito na adoção dela.
 
Fantástico: A família extensa não é prioridade em um processo de adoção?
 
“Ela é prioridade desde que essa família extensa demonstre também que tenha atenção, carinho e cuidado com essa criança”, afirma a juíza.
 
Manoel: Ninguém da assistente social, do fórum, veio até nós fazer uma entrevista na nossa casa, ver que tipo de pessoas que a gente era.
 
Zilda: A gente tem uma filha, ela tem 20 anos. Está ela está estudando arquitetura, está no terceiro semestre. E, além de estudar, ela trabalha também ajudando a gente na creche.
 
Letícia Giacomoni: A minha mãe, meu pai, são uma família honesta, nunca aconteceu nada assim. E eu escutava a minha mãe chorar no banheiro. Meu pai foi ficando doente.
 
Depois que a menina foi levada para o abrigo, não foram poucas as vezes em que Manoel e Zilda tentaram visitá-la. Mas nunca conseguiram passar do portão.
 
O Fantástico foi conversar com a responsável pelo abrigo, Gislane dos Santos. “Tem situações que às vezes há proibição de visitas porque realmente o processo já está se levando pra uma destituição do poder familiar. Então a gente começa a fazer o rompimento dessa vinculação com a família”, ela diz.
 
Acelerar processos de adoção, em muitos casos, pode levar a Justiça a cometer equívocos, diz a promotora Ellen Sanchez.
 
“É o tempo que tem que orientar o processo. É o tempo que tem que orientar o bom senso. Porque, se a ação foi ajuizada, se todo mundo olhou, Ministério Público, advogados, equipe técnica, aí é uma decisão que traz uma segurança jurídica pra todos os envolvidos”, avalia a promotora.
 
Hellen Sanchez é coordenadora, no Ministério Público de Santa Catarina, do Centro de Apoio à Infância e Juventude. Segundo ela, alguns processos de destituição em Gaspar têm que ser revistos.
 
Ellen: Os procedimentos que estão previstos na lei, em muitos casos, não foram observados. Por isso que o Ministério Público está recorrendo.
 
Fantástico: Não foram observados em que sentido?
 
Ellen: No sentido de oportunizar a manifestação do Ministério Público, de ouvir as testemunhas que tivessem ou os familiares que tivessem o interesse em poder acolher essa criança.
 
Juíza: Todas as destituições são propostas pelo Ministério Público. Todas elas têm que ter o contraditório, todas.

O Ministério Público diz que, em algumas adoções e em algumas destituições, não foi ouvido. O Ministério Público não confirma essa informação.
 
Juíza: Então o Ministério Público está mentindo.
 
Fantástico: É verdade que muitos desses processos não foram sequer comunicados ao Ministério Público?
 
Ellen: Alguns processos em que isso aconteceu, estão sendo tomadas essas medidas judiciais para anular essa decisões.
 
O delicado problema da destituição familiar chama também a atenção em outras cidades do Sul do Brasil.
 
O Fantástico esteve em São João do Triunfo, no interior do Paraná. Há nove anos, Rivonete e Toninho tiveram sete filhos tirados de casa.
 
Rivonete: A pequenininha eles me tiraram do peito. Não gosto de me lembrar disso, Deus me livre.

Eram nove filhos. Apenas o mais velho, já adolescente, estava fora do alvo da Justiça. Luís, que é o segundo mais velho, diz que só não foi levado porque fugiu.
 
Fantástico: Você fugiu para onde?
 
 Luis: Para o mato.
 
 Fantástico: Mas eles foram atrás de você?
 
 Luis: Foram atrás de mim.
 
 Fantástico: Eles quem?
 
 Luis: A polícia e o Conselho.
 
 Fantástico: Conselho Tutelar.
 
 Luis: Conselho Tutelar.
 
A ordem de levar as crianças era da promotora de Triunfo, Tarcila Teixeira, que, em seguida, conseguiu a destituição familiar.
 
Fantástico: Que tipo de risco essas crianças corriam?
 
 Promotora: Risco de toda sorte, risco de doenças, risco de um problema com alimentação porque tinha um envolvimento com situações de uma alimentação não adequada que eu não quero entrar em detalhes.
 
O alcoolismo do pai seria uma das causas. Hoje, ele está em recuperação. E, apesar do problema em casa, Rivonete tentava manter a rotina dos filhos: deixá-los na creche municipal enquanto trabalhava como faxineira.
 
Fantástico: E a Rivonete trazia essas crianças todo dia pra cá?
 
 Denise: Todo dia.
 
 Fantástico: E essas crianças apresentavam algum sinal de maus-tratos?
 
 Denise: Não. Que eu me lembre, não mesmo.
 
 Fantástico: E a Rivonete cuidava dos filhos direitinho?
 
 Denise: Não sei se era o cuidado adequado para todos. Mas cuidava.
 
 Depois que os filhos foram levados, Rivonete os visitava no abrigo público. Ela diz que foram muitos os pedidos, feitos inclusive à promotora, para tê-los de volta.
 
Rivonete: Eu ia lá, eu conversava, às vezes ela mandava trancar a porta. A secretária até falava: ‘olha, me desculpe, mas a doutora Tarsila falou que não tem mais nada para conversar com você sobre suas crianças’. Eu saía desesperada de lá.
 
Quando Rivonete perdeu a guarda de suas crianças, Luciane Micharki era conselheira tutelar em Triunfo.
 
“O lugar onde eles moravam era um lugar inadequado, mesmo. Porque tinha um lixão aqui na cidade e eles moravam nesse lixão. Mas com todos os cuidados, principalmente da mãe. O pai era alcoólatra. Eu acho assim: o que faltava para eles era uma base, uma estrutura."Uma ajudam lembra Luciane.
 
“Às vezes uma família tem falhas? Sim, tem. Todos nós temos. A falha está prejudicando a criança? Então como corrigir essa falha? Por quê? Porque retirar a criança desse convívio familiar vai prejudicar muito mais a criança”, avalia o médico Nelson Arns.
 
Nelson Arns, representante mundial da Pastoral da Criança, trabalha com famílias que vivem dramas como o de Rivonete.
 
“O que a lei fala é que a primeira opção tem que ser a família. Quanto mais próximo, melhor. Mas às vezes o que o juiz quer, interpretando errado a lei, não é salvaguardar a criança, é punir o pai. O alcoolismo, por exemplo, é doença, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como doença. O juiz não pode dizer ‘é sem-vergonhice do pai ou da mãe que bebe e eu vou retirar’”, explica Arns.

Os pais só perdem o direito de criar seus próprios filhos em situações comprovadas de risco à saúde, à educação, à segurança. É o que diz a lei. Nesses casos, a Justiça tem a obrigação de procurar, primeiro, os parentes mais próximos. Depois, famílias que queiram adotar, na região, no estado ou no país. A adoção internacional é a última alternativa. E foi o que aconteceu com os filhos de Rivonete e Toninho.
 
Os sete irmãos foram adotados no exterior. Rivonete e Toninho, hoje, moram e trabalham na chácara da dona Deusita. Os filhos que ficaram continuam por perto.
 
Deusita: Deram moços trabalhadores. Não fumam, não bebem. Já são casados, são bons esposos, têm uma família. E são muito apegados com os pais. Todo domingo eles vêm ali, fazem um churrasquinho, acho tão bonito. Dias desses eu disse para o meu marido: ‘veja que lindo, eles estão ali reunidinhos’. Mas ela sempre com aquele ar de tristeza, sempre falando nos filhos. Nos outros que foram.
 
Depois que estivemos em Gaspar, gravando esta reportagem, Zilda e Manoel conseguiram a guarda provisória da pequena Maria Eduarda. Ela já deixou o abrigo e voltou para casa.
 
O casal, que tem condições de contratar um advogado, finalmente vai conseguir iniciar o processo de adoção da menina.
 
A história de Rivonete também já tem um fim. Ela sabe que os filhos estão longe, fora do Brasil.

Rivonete: Tem que se conformar, mas não se conforma, não adianta.
 
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra, tem uma explicação para as decisões apressadas que muitas vezes os juízes adotam: “Eu costumo dizer que a criança e o adolescente adotados não têm problemas. Quem tem problema é o adulto. Normalmente nós juízes recebemos pedidos ligados à infância e à juventude sempre em situação de emergência”.
 
Mas Wanderlino Nogueira Neto, representante das Nações Unidas discorda. Ele afirma que há juízes que simplesmente ignoram o que está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente: “Muitos juízes ainda aplicam o velho código de menores, que tinha a forma de adoção por abandono e o abandono é falta de condições materiais para manter aquele filho. O estatuto é de 1990. Não é possível mais que os magistrados não estejam imbuídos, não conheçam o estatuto”.
 
Ellen: O que se tem que avaliar é se está se investindo na prevenção, quanto é investido numa criança que está acolhida institucionalmente e quanto que poderia ser destinado pra fortalecer as famílias evitando o ‘abrigamento’ dessas crianças.
 
Nelson Arns: É mais difícil fazer a reestruturação familiar? Sim, mas resolve.
 
E Elaine? A história de Elaine ainda não acabou. A depressão está sob controle. Mas a saudade... Ela e André cuidam da caçula e mantêm arrumado o quarto das outras filhas. Sem saber se elas voltarão um dia.
 
“Agora eu estou vendo que eu estou diferente, que eu estou em condição novamente de cuidar, de sair com as minhas meninas de novo. Mas eu preciso delas. Porque não é só essa daqui que eu tenho. Eu tenho as minhas outras três meninas que eu quero perto de mim”, diz Elaine.
 

domingo, 24 de março de 2013

Alimentos definitivos maiores que os provisórios retroagem à data da citação

A verba alimentar fixada definitivamente em montante superior àquele arbitrado de forma provisória retroage à data da citação. Esse foi o entendimento unânime da Terceira Turma, ao julgar recurso que contestava decisão de segunda instância em sentido contrário. O relator é o ministro Sidnei Beneti.

A origem do debate foi uma ação de alimentos. Os alimentos provisórios foram fixados em R$ 2.485,00 em maio de 2006. Na sentença, foram reduzidos para R$ 2 mil. Houve recurso, e a verba alimentar foi fixada definitivamente pelo Tribunal de Justiça em R$ 3 mil.

Na execução, o juízo de primeiro grau entendeu que o total da dívida não poderia ser calculado retroativamente, desde a citação, no valor fixado em caráter definitivo pelo tribunal estadual, devendo-se considerar o período de cada decisão judicial. O tribunal local manteve esse entendimento.

Irrepetibilidade

No recurso analisado pelo STJ, o ministro Beneti destacou que a jurisprudência da Corte tem considerado que “a decisão que fixa alimentos em caráter definitivo não tem, necessariamente, efeitos retroativos”. Isso por conta do princípio da irrepetibilidade.

Segundo o ministro, o valor fixado definitivamente não poderia ser exigido de forma retroativa, em prejuízo das quantias que já foram pagas, caso contrário “a retroatividade em questão geraria no devedor uma expectativa de diminuição do quantum devido, capaz de desestimular o cumprimento imediato da decisão que fixou os alimentos provisórios”.

Ex tunc

Porém, o relator advertiu que a preocupação com a irrepetibilidade e com o incentivo ao cumprimento imediato das decisões judiciais apenas justifica a irretroatividade nos casos em que o valor dos alimentos fixados em caráter definitivo seja inferior ao fixado provisoriamente.

Quando ocorre o inverso, isto é, quando os alimentos são majorados, o ministro Beneti entende que nada impede a aplicação da interpretação direta do que dispõe a Lei 5.478/68, em seu artigo 13, parágrafo 2º: “Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.” Isso autoriza a cobrança retroativa da diferença verificada.

Assim, no caso dos autos, em que o valor dos alimentos definitivos foi fixado em montante superior ao dos provisórios, deve ser reconhecido o efeito ex tunc (retroativo) da decisão judicial.
O número deste processo não é divulgado em razão de sigilo judicial.

sábado, 23 de março de 2013

Andar de bicicleta pode causar impotência sexual

 
Alguns modelos causam mais danos que outros, segundo os cientistas. Mas até mesmos os ditos assentos ergonômicos para proteger os órgãos sexuais podem ser nocivos, dizem as pesquisas. Uma dúzia de estudos foi resumida em três artigos em setembro na revista "Journal of Sexual Medicine". No editorial, Steven Schrader, especialista em saúde reprodutiva que estuda o ciclismo no Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, disse que não é mais uma questão de saber se "andar de bicicleta causa ou não disfunção erétil".Em vez disso, "a questão é 'o que vamos fazer a respeito?'"

Os estudos, de pesquisadores da Universidade de Boston e da Itália, revelaram que quanto mais uma pessoa anda de bicicleta, maior o risco de impotência ou perda de libido. Pesquisadores na Áustria concluíram que muitos praticantes de mountain bike sofrem trauma relativo ao selim, levando a pequenas calcificações dentro do bolsa escrotal.

Isso não significa que as pessoas devem parar de pedalar, disse Schrader. E as pessoas que andam de bicicleta raramente ou por curtos períodos não precisam se preocupar.

No entanto, ele disse que ciclistas que passam muitas horas pedalando por semana precisam tomar cuidado. E sugeriu que a indústria criasse assentos mais seguros e parasse de minimizar os riscos dos assentos existentes.

Um porta-voz da indústria disse que o problema é conhecido e que "novos projetos estão saindo".

"A maior parte das pessoas não pedala tempo suficiente para ter danos permanentes. Mas a primeira linha de defesa do consumidor é "sentar bem na bicicleta", disse o porta-voz, Marc Sani, que publica "Bicycle Retailer and Industry News".

Os pesquisadores estimam que 5% dos homens que andam de bicicleta desenvolvem disfunção erétil severa a moderada. Alguns especialistas acreditam, no entanto, que o número pode ser muito mais alto, pois muitos homens têm vergonha de falar a respeito ou não associam a bicicleta com seus problemas entre quatro paredes.

O elo entre os selins e a impotência foi primeiramente divulgado em 1997, quando um urologista de Boston, Irwin Goldstein, que tinha estudado o problema, afirmou que "há apenas dois tipos de ciclistas -- os impotentes e os que ficarão impotentes".

Os ciclistas ficaram revoltados e defensivos, disse ele, acrescentando: "Eles disseram que andar de bicicleta é saudável e não pode absolutamente fazer mal. Claro que a pessoa fica anestesiada, mas impotente? De forma alguma."

A indústria ouviu o apelo, disse Joshua Cohen, fisioterapeuta em Chapel Hill, Carolina do Norte e autor de "Finding the Perfect Bicycle Seat". Os fabricantes desenharam dezenas de novos assentos com recortes, divisões e acolchoamentos de gel para aliviar a pressão nas partes sensíveis do corpo.

As pesquisas também aumentaram. Desde 2000, mais de 10 estudos foram desenvolvidos usando instrumentos sofisticados para determinar exatamente o que acontece quando a anatomia humana encontra o selim da bicicleta.

A área em questão é o períneo, entre o saco escrotal e o ânus. "Quando sentamos em uma cadeira, o peso não fica no períneo", disse Schrader. "Mas quando nos sentamos em uma bicicleta, aumentamos a pressão na região" em sete vezes.

Nos homens, uma camada no períneo, chamada de canal de Alcock, contém uma artéria e um nervo que fornecem sangue e sensação ao pênis. O canal corre junto a um osso, disse Goldstein, e quando o ciclista senta-se em um selim estreito e duro, a artéria e o nervo são comprimidos. Com o tempo, uma redução do fluxo sangüíneo pode levar a um decréscimo na pressão necessária para a ereção completa.

Nas mulheres, as mesmas artérias e nervos envolvem o clitóris durante o sexo. As ciclistas não foram tão estudadas, disse Goldstein, mas provavelmente sofrem os mesmos danos.

Os pesquisadores estão usando uma variedade de métodos para estudar a compressão causada por selins diferentes. Um dos métodos recobre o selim com uma capa com 900 sensores de pressão. A distribuição do peso do ciclista então é registrada por um computador. Em outra técnica, os sensores são colocados no pênis do ciclista para medir o oxigênio vindo das artérias abaixo da pele. O fluxo sangüíneo é detectado por outros sensores que enviam um som a um Doppler.

A pesquisa mostra que quando os ciclistas sentam-se em um selim clássico, com formato de gota e nariz longo, um quarto do peso de seu corpo descansa no nariz, colocando pressão no períneo. A quantidade de oxigênio que chega ao pênis em geral cai entre 70 e 80% em três minutos.

"O sujeito pode se sentar na bicicleta, e os níveis de oxigênio no pênis caírem em 100%, mas ele não sabe", disse Cohen. "Ele se sente confortável, mas depois de meia hora fica anestesiado."

Goldstein acrescentou: "Falta de sensação no corpo é um sinal de que algo está errado."

No entanto, disse ele, pessoas que não perdem a sensação ainda assim podem desenvolver disfunção erétil temporária ou permanente. Hoje há assentos ergonômicos com divisões na parte posterior ou buracos no centro, para aliviar a pressão no períneo. Mas os estudos mostram que esses recursos tendem a piorar o problema.

Os assentos ergonômicos têm superfície menor, então o peso do ciclista recai sobre menos selim, disse Schrader. O períneo pode ser igualmente prejudicado porque suas artérias correm lateralmente e não ficam diretamente sobre os recortes. As artérias podem sofrer ainda mais pressão quando entram em contado com os lados cortados.

Géis grossos nos selins também podem aumentar a pressão no períneo, concluiu o estudo, porque o material pode migrar e formar acúmulos nos lugares errados.

Assim como muitos fumantes não desenvolvem câncer de pulmão, muitos ciclistas nunca desenvolverão impotência, disseram os cientistas. Não se sabe o que torna uma pessoa mais vulnerável do que outra. O peso parece ter importância. Ciclistas mais pesados exercem maior pressão nos assentos. Variações anatômicas também podem gerar diferenças.

Goldstein disse que freqüentemente seus pacientes ficam chocados de saber que suas pedaladas levaram à impotência. Um homem de meia idade participou de um evento especial de ciclismo em honra a um amigo e ficou impotente desde então.

Outro paciente de 28 anos apresentou fluxo de sangue no pênis com a pressão de um homem de 60 anos, disse Goldstein. Um estudante universitário que participara de competições de ciclismo não conseguia ter ereções até que uma cirurgia microvascular restaurou o fluxo de sangue ao pênis.

"Fazemos as crianças usarem capacetes e joelheiras", disse Goldstein. "Mas ninguém pensa em proteger as partes íntimas."

Schrader defende assentos sem nariz. Depois de descobrir que os selins tradicionais reduziam a qualidade de ereções em jovens policiais que fazem suas patrulhas de bicicleta, persuadiu as autoridades em várias cidades a usarem assentos sem nariz. Schrader está estudando a disfunção sexual dos policiais em seis meses.

Nunzio Lamaestra, policial de 46 anos em San Antonio, disse que gosta de seu assento de bicicleta sem nariz. "Você se acostuma a pedalar sem o nariz", disse ele. "Posso fazer tudo, até andar sem as mãos."


Fonte: UOL
Enviada por JC
Edição: F.C.
15.10.2012

Alimentos essenciais na mesa dos corredores



Exames médicos em dia, tênis adequado, treinamento definido. Isso é tudo que um corredor precisa? Ainda não. O que se come tem reflexo decisivo no desempenho de quem corre. Uma alimentação adequada não só oferece os nutrientes básicos como também equilibra as necessidades energéticas, permite uma melhor recuperação no pós-treino e reduz a ação dos radicais livres.
 
Que tal, então, fazer algumas mudanças no prato? Mudanças, não, ajustes. Afinal, a dieta de um corredor de rua não é muito diferente da que é considerada saudável. No geral, não podem faltar vitaminas, proteínas e carboidratos, sempre de forma balanceada em termos de quantidade e qualidade. Frutas, verduras e legumes também são itens obrigatórios no carrinho de compras de um atleta.
 
Se você pratica corrida de rua ou mesmo na academia, com auxílio da esteira, confira algumas dicas e receitas para incorporá-las à sua dieta e ao seu cardápio:
 
Macarrão integral: Rico em carboidratos, o macarrão é uma ótima fonte de energia para atletas. Sua versão integral contêm mais fibras, que ajudam no funcionamento do intestino e promovem sensação de saciedade, vitaminas B essenciais para o metabolismo de energia e ainda substâncias que ajudam a combater doenças. Mas, atenção! Como a fibra demora mais para ser digerida, não escolha o prato antes do treino, ele poda causar desconforto durante a atividade.
 
Ovos: O ovo é considerado um alimento nutricionalmente completo. É uma fonte riquíssima em proteínas e uma unidade contém cerca de 30% do valor diário recomendado de vitamina K, essencial para a saúde dos ossos. Escolha ovos enriquecidos com ômega 3 para aumentar o consumo de gorduras saudáveis. Ao prepará-los fritos prefira uma frigideira antiaderente, ela ajuda a reduzir a gordura.
 
Batata doce: Possui muito mais vitaminas que as batatas simples e é uma ótima fonte de ferro e minerais. Muitos corredores não atingem sua cota de manganês e cobre, o que pode prejudicar seu desempenho já que esses minerais são essenciais para o bom funcionamento dos músculos. Não guarde a batata doce na geladeira, pois perde o sabor.
 
Iogurte desnatado: É uma boa fonte de proteína e cálcio. As versões desnatadas que contém lactobacilos vivos oferecem as bactérias saudáveis que seu sistema digestivo precisa para funcionar regularmente. Essas bactérias do bem também podem apresentar poder anti-inflamatório e oferecer alívio para quem sofre de artrite.
 
Laranja: Excelente fonte de potássio, essencial para boa formação do sangue e dos músculos. Fornece mais de 100% do valor diário de vitamina C (antioxidante) e ajuda a reduzir os níveis de colesterol e pressão alta. Para garantir menos dores musculares depois de treinos pesados, aqueles que incluem grandes subidas, inclua a fruta no seu dia a dia!
 
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sexta-feira, 22 de março de 2013

Desocupação de Museu do Índio no Rio de Janeiro tem tumulto e detenções

Índia de tribo guajajara pinta o rosto de sue filho na Aldeia
Maracanã, antigo museu do Índio.
A polícia do Rio de Janeiro cercou nesta sexta-feira a sede do antigo Museu do Índio, uma edificação ocupada desde 2006 por membros de diferentes etnias que prometem resistir a uma ordem de despejo expedida pela Justiça, informaram fontes oficiais.

O cerco acontece um dia depois do vencimento do prazo estabelecido pela Justiça para que os indígenas abandonem a edificação, localizada próxima ao estádio do Maracanã e que será transformada em um museu esportivo como parte das obras para a Copa do Mundo de 2014.

A operação policial causou uma confusão nas imediações do antigo Museu do Índio devido ao fato de que os manifestantes pretendiam apoiar os cerca de 40 indígenas que estavam dentro da edificação, em sua maioria estudantes e militantes de partidos de esquerda, que foram impedidos de se aproximar.

Dois manifestantes que estavam concentrados em uma avenida que passa em frente ao edifício foram detidos quando tentaram ultrapassar o cerco policial.

A polícia mantém a medida enquanto representantes do Governo do Rio tentam negociar com os índios o abandono pacífico do local.

O cerco, no entanto, pode se estender por mais tempo porque um juiz concedeu hoje uma tutela solicitada pela Ordem dos Advogados do Brasil para impedir que a polícia ingresse no Museu do Índio até que se esgotem todas as tentativas de negociação.

Os negociadores do Governo só convenceram os indígenas mais velhos de abandonarem a edificação e se alojarem provisoriamente em um hotel.

O Governo do Rio de Janeiro propôs construir um centro cultural para os índios em outro lugar, mas os manifestantes alegam que estarão afastados do centro da cidade e isolados.

A construção em disputa, vizinha ao Maracanã e construída em 1850, abrigou o Museu do Índio entre 1910 e 1978, ano no qual foi abandonado e o acervo trasladado a outra direção no bairro de Botafogo.

A edificação permaneceu abandonada por quase três décadas e em 2006 foi ocupada por indígenas que necessitavam de um local de alojamento em suas visitas ao Rio de Janeiro.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/desocupacao-de-museu-do-indio-no-rio-de-janeiro-tem-tumulto-e-detencoes,3f54e01a4fc8d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

Filha maior e formada, fazendo pós-graduação, não tem direito a pensão alimentícia

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) exonerou um pai do pagamento de pensão alimentícia para a filha de 27 anos, formada em direito e com pós-graduação em andamento.

A Turma, seguindo voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, entendeu que a filha – maior de idade, em perfeita saúde física e mental e com formação superior – deveria ter buscado o seu imediato ingresso no mercado de trabalho, não mais subsistindo para seu pai a obrigação de lhe prover alimentos.

Pensão reduzida

Em fevereiro de 2010, o pai ajuizou ação de exoneração de alimentos. Alegou que estava sendo obrigado pela Justiça a pagar pensão de 15 salários mínimos a sua filha maior de idade e formada em direito.

O juízo de primeira instância julgou procedente o pedido. A filha apelou da sentença. O Tribunal de Justiça proveu parcialmente o recurso para manter a pensão no valor de dez salários mínimos.
 
Sacrifício
 
Inconformado, o pai recorreu ao STJ sustentando que sempre cumpriu a obrigação alimentar, porém sua situação financeira não mais permite o pagamento sem sacrifício do sustento próprio e de seus outros filhos.

Alegou que sua filha, naquele momento, já estava formada havia mais de dois anos e deveria prover seu próprio sustento. Contudo, o tribunal estadual manteve a pensão alimentícia no valor de dez salários mínimos.

Segundo ele, em nenhum momento a filha demonstrou que ainda necessitava da pensão, tendo a decisão do tribunal presumido essa necessidade. Porém, com a maioridade civil, essa presunção não seria mais possível.

Por fim, argumentou que a pensão não pode nem deve se eternizar, já que não é mais uma obrigação alimentar absoluta e compulsória.
 
Estudo em tempo integral
 
A filha, por sua vez, afirmou que a maioridade não extingue totalmente a obrigação alimentar e que não houve alteração do binômio possibilidade-necessidade, pois necessita dos alimentos para manter-se dignamente. Além disso, alegou que o pai tem amplas condições de arcar com a pensão.

Argumentou que a exoneração requer prova plena da impossibilidade do alimentante em fornecer alimentos e de sua desnecessidade para a manutenção do alimentando.

Disse que, embora tenha atingido a maioridade e concluído curso superior, não possui emprego e permanece estudando, já que frequenta curso de pós-graduação em processo civil.

Por fim, afirmou que utiliza seu tempo integralmente para seu aperfeiçoamento profissional e necessita, mais do que nunca, que seu pai continue a pagar a pensão alimentícia.
 
Solidariedade
 
Ao analisar a questão, o ministro Luis Felipe Salomão destacou que os alimentos decorrem da solidariedade que deve haver entre os membros da família ou parentes, visando a garantir a subsistência do alimentando. Para isso, deve ser observada sua necessidade e a possibilidade do alimentante.

“Com efeito, durante a menoridade, quando os filhos estão sujeitos ao poder familiar – na verdade, conjunto de deveres dos pais, inclusive o de sustento –, há presunção de dependência dos filhos, que subsiste caso o alimentando, por ocasião da extinção do poder familiar, esteja frequentando regularmente curso superior ou técnico, todavia passa a ter fundamento na relação de parentesco, nos moldes do artigo 1.694 e seguintes do Código Civil”, acrescentou o relator.

O ministro citou ainda precedentes do STJ que seguem o mesmo entendimento do seu voto. Em um deles, ficou consignado que “os filhos civilmente capazes e graduados podem e devem gerir suas próprias vidas, inclusive buscando meios de manter sua própria subsistência e limitando seus sonhos – aí incluídos a pós-graduação ou qualquer outro aperfeiçoamento técnico-educacional – à própria capacidade financeira”.

A exoneração de alimentos determinada pela Quarta Turma terá efeitos a partir da publicação do acórdão.

O número deste processo não é divulgado em razão de sigilo judicial.
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Frase do dia

"Quando você deseja ser outra pessoa, você tem inveja. E invejar alguém é menosprezar você mesmo." Henry Ford

quarta-feira, 20 de março de 2013

Café pode evitar o AVC, segundo pesquisa realizada no Japão

Ao longo de 13 anos, pesquisadores do Centro Nacional de Saúde Cerebral e Cardiovascular do Japão, acompanharam e analisaram os hábitos alimentares de mais de 82 mil pessoas entre 45 e 74 anos de idade. O resultado do estudo, devidamente ajustado aos diversos fatores envolvidos, revelou que o consumo regular de café e chá verde pode ajudar a reduzir o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Os pesquisadores concluíram que o risco de derrame cerebral é 14% menor para quem bebe diariamente entre duas e quatro xícaras de chá verde ou uma de café, em comparação com quem não consome nenhuma das bebidas. Também concluíram que beber uma xícara de café ou duas de chá verde por dia pode diminuir em 32% o risco de hemorragia cerebral, causa principal de 13% dos casos de AVC. Para saber mais sobre a pesquisa do Centro Nacional de Saúde Cerebral e Cardiovascular do Japão.

terça-feira, 19 de março de 2013

DPU em Recife abre vagas de estágio para estudantes de Direito

Estágio é de 30h/semanais e duração de até 2 anos. Valor da bolsa não foi informado

 
A Defensoria Pública da União em Pernambuco (DPU/PE) está com inscrições abertas, até o dia 26 de abril, para 26 vagas – para contratação imediata e cadastro reserva - para os estudantes do curso de Direito. O estágio é de 30 horas semanais e tem duração de até dois anos. O valor da bolsa não foi informado.

Segundo a DPU, os documentos necessários são original e cópia da identidade e do CPF, currículo e certidão da instituição de ensino, além de um quilo de alimento não perecível. O estudante precisa estar matriculado a partir do 4° período, mas a contratação será homologada apenas para estudantes a partir do 5° período.

As inscrições estão sendo realizadas na sede da unidade, que fica na Avenida Conde da Boa Vista, 800, Empresarial Apolônio Sales, 6° andar, das 9h às 17h. A prova será realizada no dia 19 de maio, das 9h às 13h, em local a ser divulgado. O edital e as futuras publicações do XI Processo Seletivo da DPU/PE podem ser encontradas
no site da Defensoria.